A pílula do dia seguinte é uma aliada importante para prevenir gestações indesejadas. Mas ela é considerada um recurso de emergência, que deveria ser usado apenas quando os métodos convencionais falharam. Infelizmente não é bem isso que acontece
Alguns estudos feitos no Brasil apontam o abuso desse tipo de método. Se de um lado, eles podem facilitar a vida de algumas mulheres, de outro, seu uso indiscriminado pode trazer problemas.
Se as recomendações fossem seguidas de forma adequada, a pílula do dia seguinte (que nada mais é do que uma pílula anticoncepcional em dose mais alta) seria usada apenas em emergências, por exemplo, quando a camisinha estourasse ou quando a mulher se esquecesse de tomar sua pílula convencional.
Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 1998 e 2005, 38% das adolescentes entrevistadas ( de 16 a 19 anos) já tinham feito o uso da pílula do dia seguinte. Ou seja, não é uma eventual falha de um método convencional que justifica um índice tão alto da contracepção de emergência. Muitos casais não utilizam nenhum tipo de proteção e acabam tomando a pílula do dia seguinte, com freqüência, como único recurso para evitar uma gravidez.
A pílula do dia seguinte não é um método tão eficaz de prevenção. Seu índice de proteção não é tão alto como o da pílula convencional tomada corretamente. Mesmo ingerida nas primeiras 72 horas depois da relação suspeita (período em que tem efeito), ela pode falhar. Dependendo da fase do ciclo em que a mulher está, ela pode trazer também diferentes efeitos colaterais como náusea, vômito, mal-estar, sangramento e irregularidade menstrual.
A pílula do dia seguinte é um recurso importante,que ajuda a evitar uma gravidez indesejada, amas não pode e nem deve ser banalizado.
Fonte: Revista Planeta Mulher
domingo, 29 de junho de 2008
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